SAUDAÇÕES SINDICAIS SOCIALISTAS

"HASTA LA VICTORIA. SIEMPRE!"

sábado, 11 de julho de 2009

Moradores fecham avenida da capital em defesa de suas moradias.

No último dia 09 de julho, cerca de 100 famílias do bairro Centro América, afetados pelo projeto de revitalização do córrego Gumitá, da prefeitura municipal de Cuiabá, fecharam a a movimentada Av. Brasil durante três horas.
A manifestação percorreu as ruas do bairro e, posteriormente, fechou a avenida com o intuito de denuciar à sociedade a arbitrariedade da adminitração municipal que pretende remover os moradores de suas residencias e colocá-los em um residencial distante e cuja qualidade das residencias é muito inferior, além de outras reivindicações prometidas pela prefeitura e até agora não cumpridas.
Com palavras de ordem, faixas, cartazes e pneus toda a comunidade, desde crianças a jovens e adultos, permaneceu firme e ao final avaliaram de forma positiva a manifestação.
A prefeitura se pronunciou no dia seguinte e tentou distorcer as reivindicações da população. Porém, esta se manterá firme e procurará todos os caminhos para conseguir que as reivindicações sejam atendidas.

Seguem as fotos da manifestação:















Um comentário:

Elaine disse...

Carta aberta à Intersindical

Nós abaixo-assinadas, trabalhadoras, professoras e pesquisadoras do sindicalismo brasileiro, vimos por meio desta manifestar publicamente o nosso repúdio à proibição de que realizássemos uma pesquisa, previamente combinada, na Plenária Nacional da Intersindical, realizada na Praia Grande em 28 e 29 de novembro de 2009, bem como o nosso protesto contra a maneira desrespeitosa e agressiva com que fomos tratadas nessa ocasião.
Havíamos apresentado uma proposta de pesquisa destinada a conhecer o perfil dos militantes da Intersindical e das entidades que participam do esforço de construção dessa organização composta, majoritariamente, pela Alternativa Sindical Socialista (ASS) e Unidade Classista (ligada ao PCB). Trata-se de uma pesquisa de caráter acadêmico que já realizamos junto a outras organizações sindicais (Conlutas, UGT, CTB, e parcela da Intersindical ligada ao PSOL) em Encontros, Plenárias e Congressos, com o objetivo de contribuir para desvendar a atual configuração do sindicalismo brasileiro. Pesquisas dessa natureza são raras em nosso país
e os dados por nós coletados têm sido sistematizados e disponibilizados para as organizações pesquisadas, com o intuito de lhes oferecer informações e análises acerca de sua base social. Por esse motivo, nossa proposta tem sido bem recebida por todas as organizações que contatamos até então.
Para viabilizar a pesquisa na reunião da Intersindical que ocorreria na Praia Grande, procedemos como de praxe: entramos em contato com um dirigente para apresentar a proposta (5/10/2009); enviamos previamente o questionário, dispondo-nos a fazer eventuais alterações e ajustes; solicitamos uma resposta da organização autorizando a pesquisa e apresentamos algumas demandas (transporte; alojamento, impressão dos questionários etc.). Em contrapartida, nos comprometemos a aplicar os questionários e a entregar um relatório sucinto da pesquisa, tão logo os dados fossem processados. Recebemos do dirigente da Intersindical (ligado ao PCB) a devida autorização para a realização da pesquisa, tanto quanto a oferta de transporte e alojamento para que pudéssemos aplicar os questionários durante a Plenária Nacional. Contudo, quando chegamos à Praia Grande, no dia da Plenária, fomos surpreendidas com a informação de que a aplicação dos questionários estava proibida. Além disso, ao buscarmos o diálogo e tentarmos, minimamente, compreender as razões dessa reviravolta, passamos a ser tratadas de maneira agressiva por dois dos dirigentes da Intersindical ligados à ASS que se dirigiram a nós aos gritos.
Desconhecemos os motivos que levaram a essa atitude arbitrária e a esse comportamento hostil. Há certamente divergências internas que explicam o ocorrido, mas tais divergências jamais poderiam ter sido deflagradas da forma desrespeitosa como foram, nem no momento e no local em que ocorreram, porque elas nos atingiram de uma maneira que consideramos inaceitável.
A reorganização do movimento operário e sindical no Brasil contou com a colaboração da intelectualidade socialista e progressista que pesquisa o movimento operário. A quem interessa impedir essa colaboração? Acontecimentos como esse, ao invés de construir a unidade por meio do debate franco e respeitoso, afasta aliados, divide e enfraquece a luta de todos nós trabalhadores.

Campinas, 30 de novembro de 2009.


Andréia Galvão, professora do Departamento de Ciência Política, Unicamp
Elaine Amorim, doutoranda em Sociologia, Unicamp
Patrícia Trópia, professora de Ciência Política, Universidade Federal de Uberlândia
Paula Marcelino, doutora em Ciências Sociais, Unicamp